domingo, 16 de abril de 2017

Reino Protoctista

Integrantes: Carolina Novaes (60136), Júlia Lautert (48076), Nathália Pereira (51051) e Carolina Machado (65260)
Turma 202


REINO PROTOCTISTA

Bem-vindos a mais um post do Blog Cientista! Hoje vamos aprender um pouco mais sobre os protoctistas.

Esse grupo, por conter seres muito diversos, é considerado polifilético - ou seja, os protoctistas não possuem um ancestral comum. Ele reúne organismos como protozoários e algas, com diferentes formas de locomoção, reprodução e nutrição. Ao longo desse post, você vai conhecer as principais características desses seres e a importância que eles têm.

PROTOZOÁRIOS
Do grego protos, “primeiro”, e zoon, “animal”, os protozoários são seres unicelulares, com células eucarióticas e estrutura bastante variada.


®     MORFOLOGIA
As células dos protozoários não possuem parede celular e podem apresentar diversos formatos.
Em condições desfavoráveis, algumas espécies patogênicas produzem cistos, forma em que o protozoário pode permanecer latente por longos períodos. Quando as condições voltam a ser favoráveis, o protozoário volta à sua forma ativa, chamada trofozoíto.


®     LOCOMOÇÃO
Para locomover-se, os protozoários utilizam uma ou mais das seguintes estruturas especializadas:
§  Pseudópodes = expansões temporárias do citoplasma que ajudam na locomoção e também na captura de alimentos.
§  Flagelos = filamentosos e longos, provocam movimentos ondulatórios que permitem à célula deslocar-se.
§  Cílios = têm a mesma estrutura dos flagelos, porém são menores e presentes em maior número, movimentando-se em conjunto e criando um turbilhonamento que favorece a locomoção e a captura de alimentos.



®     OBTENÇÃO DE MATÉRIA E ENERGIA
A maioria dos protozoários é heterótrofa, isto é, retiram matéria orgânica do meio ambiente. Poucas espécies autótrofas realizam fotossíntese, e há ainda protozoários mixotróficos (são capazes de se alimentar utilizando mais de uma dessas formas). Eles podem ser aeróbios, vivendo na presença de oxigênio, ou anaeróbios, vivendo em locais com pouco ou nenhum gás oxigênio.

®     REPRODUÇÃO



®     CLASSIFICAÇÃO
Os avanços científicos estão sempre a fornecer novas informações sobre o parentesco evolutivo entre os protozoários, gerando a necessidade de rever sua classificação. Porém, ainda não há um consenso a respeito dos grupos monofiléticos a serem formados, portanto a classificação que vamos mostrar aqui considera principalmente a presença e a forma das estruturas de locomoção.

§  Os rizópodos ou sarcodinos locomovem-se através de pseudópodes. A maioria é de vida livre e vive em ambiente aquático, mas há espécies parasitas. De modo geral, reproduzem-se por cissiparidade ou singamia.

§  Os flagelados caracterizam-se por apresentar um ou mais flagelos, utilizados na locomoção. A maioria é de vida livre, vivendo em água doce, salgada ou em solos úmidos. Há algumas espécies parasitas. De modo geral, reproduzem-se por cissiparidade ou singamia.

§  Os ciliados caracterizam-se pela presença de cílios na superfície celular e pela ocorrência de conjugação antes da reprodução por cissiparidade. A maioria é de vida livre e de água doce.

§  Os foraminíferos secretam uma carapaça com inúmeros poros, através dos quais passam os pseudópodes. Caracterizam-se também pela alternância de gerações sexuada e assexuada. São exclusivamente marinhos e a maioria é de vida livre.

§  Os apicomplexos são os protozoários que não apresentam estruturas de locomoção. São todos endoparasitas obrigatórios, de plantas e animais, incluindo o ser humano. Muitos têm um ciclo de vida complexo, com alternância de reprodução sexuada (por singamia) e assexuada (por esquizogonia).

®     PROTOZOÁRIOS E DOENÇAS
Aqui mostramos uma tabela resumindo as principais informações sobre as doenças causadas por protozoários:

            Uma dessas doenças, a malária, é a doença infecciosa que mais provoca mortes no mundo (segundo estimativas da Organização Mundial da Saúde, ocorrem por ano 400 milhões de novos casos que resultam em 2 milhões de mortes, sendo endêmica em cerca de 200 países). Por isso, faremos uma discussão um pouco (apenas um pouco, não fique assustado) mais aprofundada sobre ela e seu ciclo.
            A Malária é uma parasitose de endemia tropical, causada por protozoários do gênero Plasmodium (que são classificados como esporozoários) os quais são transmitidos por um Vetor, a fêmea do mosquito-prego do gênero Anopheles. A doença é característica de regiões quentes, úmidas e com florestas, por exemplo na Amazônia no Brasil, pois o vetor é um mosquito típico dessas regiões.
O Mapa da OMS, Organização Mundial da Saúde, a seguir mostra a área de incidência da Malária no Mundo:

Quando um Anopheles fêmea pica um ser humano e suga seu sangue, os plasmódios existentes em suas glândulas salivares, os chamados esporozoítos, caem na corrente sanguínea. Chegando no fígado, alojam-se nas unidades funcionais deste – as células chamadas Hepatócitos – e reproduzem-se assexuadamente por alguns dias, formando os Merozoítos. Nessa fase a doença é assintomática, mas quando os parasitas abandonam as células hepáticas caem na corrente sanguínea e infectam as Hemácias.
Nos glóbulos vermelhos, os merozoítos se reproduzem novamente assexuadamente – e por isso o Homem é seu hospedeiro Intermediário – rompem as hemácias e cem no sangue novamente infectando outras células, num ciclo regular. A ruptura das hemácias e a consequente liberação de toxinas no plasma produz intenso mal estar e febre alta.
O Ciclo do Plasmodium se completa quando o sangue da pessoa é sugado por um mosquito-prego não infectado, que suga os gametas do protozoário que se unem no tubo digestório do mosquito – reprodução sexuada e por isso ele é o hospedeiro definitivo. No seu estômago ainda acontece uma reprodução assexuada e os parasitas resultantes, os esporozoítos migram para as glândulas salivares do inseto de onde irão para a corrente sanguínea do próximo indivíduo picado.
Para ser melhor compreendido esse ciclo, observe esse esquema:

A Profilaxia consiste na eliminação do vetor, o mosquito, por inseticidas ou eliminar seus focos de reprodução como pneus e vasos com água acumulada. Deve-se ainda evitar o contato com o inseto, através do uso de telas (mosquiteiros) em cabanas, na janelas e cama.



ALGAS
A diversidade das algas é enorme. A maioria das espécies é marinha, mas há algas de água doce e até terrestres, em solos úmidos. Em geral, são autótrofas fotossintetizantes, mas também existem algas heterótrofas. Há espécies unicelulares, como as que vivem nas águas superficiais e são transportadas pela correnteza, e outras que possuem flagelos e se locomovem. Há também espécies multicelulares, que apresentam uma estrutura simples, um conjunto de células praticamente iguais entre si, chamado talo. As células da maioria das algas são revestidas por paredes resistentes, e todas apresentam ao menos cloroplasto, que pode variar em forma, composição, tamanho e conjunto de pigmentos fotossensíveis presentes.

®     CLASSIFICAÇÃO DAS ALGAS
A classificação das algas, assim como ocorre com os protozoários, ainda é objeto de controvérsia, e é provável que a atual classificação seja revista em breve. A divisão apresentada a seguir leva em conta o conjunto de pigmentos e no tipo de substância presente nas células.
Euglenoides = são algas unicelulares, que contêm as clorofilas a e b em seus cloroplastos e, como substância de reserva, o paramilo, um carboidrato. Geralmente de água doce, possuem flagelos e são autótrofas. Se não houver luz solar no ambiente, podem se alimentar de modo heterotrófico. Na imagem, alga Euglena spirogyra.

Dinofíceas = são unicelulares e contêm as clorofilas a e c, além de outros pigmentos, como a peridinina, que lhes dá a coloração amarelo-parda ou avermelhada. As substâncias de reserva são amido e óleos. Embora sejam capazes de realizar fotossíntese, cerca de metade das espécies é heterótrofa. Em geral marinhas, apresentam flagelos cujo batimento faz a célula rodopiar. Por isso, também são conhecidas como dinoflagelados (do grego dinos, “pião”). Na foto, alga Noctiluca.

Crisofíceas = nas células dessas algas estão presentes as clorofilas a e c, além de pigmentos como a fucoxantina, de coloração marrom, cuja combinação com outros pigmentos dá uma tonalidade dourada às crisofíceas (do grego khrysos, “ouro”). Algumas espécies não apresentam parede celular, e quando está presente, é composta por sílica. As substâncias de reserva são óleos, e são encontradas tanto em água doce como em água salgada. Na imagem, alga Dinobryon divergens.

Bacilariofíceas = essas algas têm muitas características em comum com as crisofíceas, mas a parede celular, composta por sílica, está presente em todas as espécies. Na foto, carapaças de algas diatomáceas. 


Clorofíceas = suas células têm parede de celulose e apresentam as clorofilas a e b, e o amido é a substância de reserva. Estão presentes em todos os ambientes aquáticos e também nos terrestres úmidos. Há espécies unicelulares, que podem viver isoladas ou formar colônias, e multicelulares - como a Ulva, na imagem a seguir. 

Rodofíceas = suas células contêm as clorofilas a e d, e, entre outros pigmentos, a ficoeritrina, responsável pela cor avermelhada, além do amido como substância de reserva. A maioria é multicelular. Na foto, alga Dichotomaria marginata




Feofíceas = suas células apresentam as clorofilas a e c, além de um pigmento carotenoide pardo, a fucoxantina, responsável pela coloração dessas algas, que varia desde o amarelo-amarronzado até tons bem escuros e fortes. As substâncias de reserva são diversos tipos de óleos. São marinhas e multicelulares. Na imagem, alga Sargassum

®     REPRODUÇÃO

A seguir, apresentamos esquemas que explicam como ocorre a reprodução sexuada e assexuada.
§  Reprodução assexuada - cissiparidade

§  Reprodução assexuada - zoosporia



§  Reprodução sexuada

Aqui vai um esquema resumindo tudo que aprendemos até aqui, para você arrasar na AE de biologia!


Esperamos que todos tenham compreendido! Até o próximo post do Blog Cientista!


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


CASTRO OSORIO, Tereza. Biologia 2. 2ª Edição. São Paulo: Edições SM, 2013

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, volume único. 10ª Edição. São Paulo: Editora Ática S.A., 2009

BLOG ABC DA MEDICINA. Malária — ciclo de contaminação, profilaxia, sintomas e tratamento. Disponível em < http://www.abcdamedicina.com.br/malaria-ciclo-de-contaminacao-profilaxia-sintomas-e-tratamento.html >. Acesso em: 16 de abril de 2017.

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