Integrantes: Carolina Novaes (60136), Júlia Lautert (48076), Nathália Pereira (51051) e Carolina Machado (65260)
Turma 202
REINO METAZOA
REINO METAZOA
Olá, caros leitores! Bem-vindos a mais um post do Blog Cientista! Hoje daremos introdução ao estudo dos metazoários, ou seja, os animais, pertencentes ao Reino Animal, também chamado de Animalia ou Metazoa. Confira nosso resumo sobre o assunto!
Na
imagem acima, podemos ver as relações evolutivas entre os diferentes táxons do
reino Metazoa. Evidências morfológicas indicam que toda a diversidade animal
existente no planeta surgiu a partir de um ancestral comum, que viveu entre 875
e 675 milhões de anos atrás. Existem diversas teorias que tentam explicar as
origens deste reino e quem seria este ancestral comum. A seguir, veremos
algumas destas hipóteses.
1 1. Teoria
Sincicial
Proposta por Hadzi (1953), dizia
que os primeiros metazoários surgiram através do crescimento e da divisão
celular de um protista. Segundo ele, este protozoário seria ciliado e multinuclear,
com simetria bilateral e sem a presença de celoma (acelomado). De acordo com
esta teoria, seria a partir da evolução deste organismo que surgiria o reino
Metazoa.
2.Teoria
Colonial
Proposta por Haeckel (1874),
dizia que o metazoário mais primitivo teria sido originado por um protozoário
colonial flagelado. Haeckel defendia que o ancestral dos Metazoa era esférico e
oco, como os Volvox. Já Lankester
(1877) dizia que este protozoário era mais sólido, como os Pandorina. Metschnikoff
(1886), por sua vez, também acreditava que esse ancestral fosse sólido, porém
mais similar aos Proterospongia.
Evidências que sustentam esta
teoria:
ü Os
espermatozoides são flagelados em todos os metazoários;
ü Nos
poríferos e nos cnidários, as células monociliadas ocorrem dentro do corpo.
1 3. Algumas
teorias polifiléticas a respeito da origem dos Metazoa
a. Greenberg
(1959)
Segundo
ele, os poríferos e cnidários teriam evoluído a partir dos flagelados, enquanto
os outros metazoários teriam suas origens nos ciliados ancestrais.
b. Nursall
(1962)
Ele
propôs que os diferentes filos do reino Metazoa teriam surgido a partir de
diferentes protistas.
c. Anderson
(1982)
Ele
defendia a ideia de que os cnidários e os ctenóforos teriam evoluído a partir
dos coanoflagelados, enquanto os outros filos teriam evoluído a partir de
diferentes grupos de protistas, de forma independente.
Com
o passar do tempo, os animais foram se adaptando e adquirindo novas
características, relevantes para o funcionamento de seus organismos.
o
Alimentação
A maior parte das espécies é dotada de
um tubo digestório, que permite
ingerir e processar o alimento dentro do próprio corpo. Porém, alguns
endoparasitas dependem dos nutrientes já digeridos pelo hospedeiro, pois sua
evolução levou à perda de suas estruturas digestivas.
Em busca de alimento ou de melhores
condições de sobrevivência, a maior parte dos animais precisa se deslocar. Entretanto,
alguns deles são sésseis, ou seja,
não se deslocam - ex: esponjas e endoparasitas.
o
Percepção
do ambiente e controle do organismo
Em geral, os animais possuem órgãos sensoriais, que lhes permitem
reconhecer o ambiente a sua volta, captando informações importantes para a
orientação. Espécies diferentes possuem órgãos sensoriais diferentes.
A maioria dos animais possui sistema nervoso, que integra e coordena
o trabalho dos demais órgãos. As células nervosas captam, interpretam e
respondem aos sinais emitidos pelos órgãos sensoriais - uma adaptação
fundamental na sobrevivência dos animais.
o
Sustentação
e movimento
Nos animais, a função do esqueleto é
sustentar e formar uma base fixa para o corpo. Pode ser interno (protegendo
órgãos) ou externo (exercendo papel de proteção).
o
Circulação
Diferentemente
dos seres unicelulares, as células dos animais estão distantes do contato com o
meio externo, o que dificulta a troca de substâncias com esse meio. Por isso, o
sistema circulatório se faz presente em vários animais.
Nos
vertebrados, por exemplo, uma rede de vasos transporta o sangue, impulsionado
pelo coração. Esse tipo de circulação chama-se circulação fechada, pois só há sangue no interior dos vasos.
Em animais
como os artrópodes, o líquido que circula no corpo também banha cavidades
corporais, constituindo o que se chama de circulação
aberta - já que o sangue não fica apenas nos vasos.
Os poríferos,
cnidários, platelmintos e nematelmintos não possuem sistema circulatório (as
trocas de substâncias ocorrem por difusão direta).
o Respiração
O termo respiração é usado tanto para
reações químicas intracelulares geradoras de energia como para trocas gasosas
entre o organismo e o ambiente. Em animais pequenos, a troca gasosa é feita
através de simples difusão. Já em outros animais, que necessitam de mais
oxigênio, existem órgãos especializados para retirar oxigênio do ar (como
pulmões) ou da água (como brânquias).
o
Excreção
As excretas
são resíduos tóxicos provenientes da atividade metabólica das células, e devem
ser eliminadas. A maioria dos animais de circulação fechada possui órgãos
especializados para a excreção destas substâncias (como os rins nos humanos).
o Simetria
Simetria é a semelhança
de forma, posição e medida entre duas ou mais partes de um objeto quando este é
cortado por um plano imaginário que passa por seu eixo central. No reino
Animal, podemos perceber certos padrões de simetria.
Na simetria
bilateral, os lados esquerdo e direito são semelhantes, como se fosse a imagem
do outro em um espelho. Este tipo de simetria está presente em cordados,
artrópodes, moluscos e anelídeos.
Na simetria
radial, qualquer plano vertical que passe pelo eixo central divide o animal em
“fatias” espelhadas. É possível reconhecer essa simetria em cnidários e
equinodermos adultos.
A simetria
bilateral costuma estar presente em animais que se locomovem rapidamente,
enquanto a simetria radial é encontrada em animais mais lentos ou até mesmo
sésseis.
o
Cefalização
O sistema
nervoso dos cnidários foi, provavelmente, o primeiro a surgir. Eles possuem uma
rede difusa de células nervosas, sem um centro que coordene e receba as
respostas.
Já os
moluscos e equinodermos apresentam certo grau de centralização, evidenciada
pela presença de gânglios nervosos,
regiões onde se concentram as células nervosas.
Em outros
animais, é fácil perceber o agrupamento dos órgãos sensoriais mais elaborados e
a formação de uma cabeça, num processo que chamamos de cefalização. Em artrópodes e anelídeos, a cabeça abriga os chamados
gânglios cerebrais, dos quais partem
cordões nervosos ligados a uma rede de gânglios menores ao longo do corpo. Nos
cordados, a cabeça é o local onde se localiza o encéfalo, do qual parte uma medula
espinal, conectada a uma rede de gânglios e nervos distribuídos pelo corpo.
A cefalização
permite respostas mais rápidas por parte dos animais em relação às condições
ambientais. A imagem abaixo mostra o sistema nervoso presente em diferentes
espécies animais.
o Embriologia
dos Metazoários
Observe nos
esquemas abaixo os estágios de desenvolvimento embrionário de um Metazoa.
o Folhetos
embrionários
Como mostrado
no esquema acima, o processo de gastrulação gera camadas de células, que
chamamos de folhetos embrionários. Os
cnidários são classificados como diblásticos,
pois apresentam dois folhetos, denominados ectoderme e endoderme. Já nos demais
filos, há uma terceira camada, chamada mesoderme. Animais que possuem três
folhetos embrionários são denominados triblásticos.
o Celoma - espaço dos órgãos internos
Grande parte
dos filos do reino Animalia é formada por animais considerados celomados, pois possuem celoma, uma
cavidade totalmente delimitada pela mesoderme. O celoma cumpre diversas
funções, como abrigar órgãos internos e facilitar o transporte de nutrientes e
excretas.
Em certos
animais, como nos platelmintos, a mesoderme preenche completamente o espaço
entre a ectoderme e a endoderme, e por isso são chamados acelomados.
Já outros
animais, como os nematoides, apresentam uma cavidade entre a mesoderme e o tubo
digestório. Como essa cavidade não é inteiramente delimitada pela mesoderme,
esses seres são classificados como pseudocelomados.
A ilustração abaixo esquematiza os três padrões de cavidade corpórea.
o Metameria
A metamerização é a divisão do corpo em
segmentos ou metâmeros. Em um animal segmentado, cada metâmero é separado do
outro por uma camada de tecido originário da mesoderme, e os órgãos vitais
estão presentes em todos os segmentos. Essa característica surgiu nos anelídeos,
mas também se faz presente em artrópodes e cordados.
Apesar da
grande quantidade de conteúdo, esperamos que todos tenham compreendido! Até o
próximo post!
Referências Bibliográficas
CASTRO
OSORIO, Tereza. Biologia 2. 2a edição. São Paulo: Edições SM, 2013.
PAIM, Antônio
Carlos. Zoologia - Introdução ao Reino Metazoa. Disponível em:
<http://segundocientista.blogspot.com.br>. Acesso em 19 de maio de 2017.
ARAUJO,
Marilia. Introdução ao Reino Animal. Disponível em:
<http://www.infoescola.com/biologia/introducao-ao-reino-animal/>. Acesso
em 19 de maio de 2017.
MOREIRA,
Catarina. Sistemas de Transporte nos Animais. Disponível em:
<http://wikiciencias.casadasciencias.org/wiki/index.php/Sistemas_de_TransportT_nos_Animais>.
Acesso em 19 de maio de 2017.
ANDRÉ, Felipe. Hipótese da origem dos
metazoários. Disponível em:
<http://oblogdebiologia.blogspot.com.br/2014/05/hipotese-da-origem-dos-metazoarios.html>.
Acesso em 21 de maio de 2017.
JAIN, Khusboo. Top 6 Theories Regarding
the Origin of Metazoa. Disponível em:
<http://www.biologydiscussion.com/invertebrate-zoology/metazoa/top-6-theories-regarding-the-origin-of-metazoa/33811>.
Acesso em 21 de maio de 2017.
Nenhum comentário:
Postar um comentário