Integrantes: Carolina Novaes (60136),
Júlia Lautert (48076), Nathália Pereira (51051) e Carolina Machado (65260)
Turma 202
REINO FUNGI
Sejam todos bem-vindos a mais um post do Blog
Cientista! Hoje vamos falar de um reino muito interessante, o Reino Fungi, ao
qual pertencem os fungos.
Vamos lá!
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Antes de começarmos, vejamos algumas das
características gerais desses organismos, as quais serão importantes para a
compreensão dos demais e mais específicos tópicos desse post.
·
Eucariotos —
apresentam núcleo organizado
·
Unicelulares ou
pluricelulares
·
Não possuem
clorofila
·
Vida livre ou
parasita
·
Habitam em vários
tipos de ambientes, especialmente lugares úmidos, com pouca luz e ricos de
matéria orgânica. Também podem ser parasitas (nas plantas, são chamados de
ferrugens, e nos animais, de micose)
·
Parede celular com
reforço de QUITINA (N-acetil
glicosamina)
·
Reserva — GLICOGÊNIO
·
HIFAS
— unidade morfofisiológica
o Conjunto — MICÉLIO
(“pseudo-tecido”)
ESTRUTURA
Como já dito acima, os fungos podem ser unicelulares ou pluricelulares
Os fungos pluricelulares são constituídos por uma rede de
filamentos ramificados chamados hifas
(que basicamente são as células do
fungo). Estas contêm citoplasma e núcleos e podem apresentar diferentes
formas. As hifas iniciam-se como formações tubulares que, a partir de esporos,
se ramificam continuamente formando uma rede mais ou menos densa de filamentos,
o micélio.
O micélio é
classificado como um PSEUDO-TECIDO.
Mas o que é um pseudo-tecido? Ao procurarmos “tecido” no dicionário,
encontramos essa definição: “Reunião de
células com a mesma estrutura, exercendo determinada função”. Em um pseudo-tecido, as células (ou hifas, no
caso) também exercem uma determinada função, mas, diferente das células do
tecido, elas não possuem interdigitações, o que possibilita que, se uma das
células morrer, o tecido continue em pleno funcionamento.
Em muitos fungos as hifas possuem septos que delimitam
compartimentos correspondentes a células. O aspecto filamentoso do micélio
confere-lhe uma grande superfície, através da qual se realiza a absorção de
nutrientes. Esta rede de filamentos estende-se rapidamente em todas as direções
através da fonte de alimento. Por vezes as hifas organizam-se formando corpos
compactos como, por exemplo, nos cogumelos.
TIPOS DE
HIFAS
Dependendo
do grupo de fungos, as hifas podem apresentar diferentes tipos de organização.
Nas HIFAS CENOCÍTICAS,
presentes em fungos simples, o fio é contínuo e o citoplasma contém numerosos
núcleos nele inserido.
Fungos
mais complexos, possuem HIFAS SEPTADAS,
isto é, há paredes divisórias (septos) que separam o filamento internamente em
segmentos mais ou menos parecidos. Em cada septo há poros que permitem o livre
trânsito de material citoplasmático de um compartimento a outro.
Nos fungos pluricelulares, que são os mais conhecidos,
existem partes com denominações específicas, as quais podem ser observadas nas
imagens abaixo:
Já os fungos unicelulares têm estrutura um tanto diferente,
observe:
NUTRIÇÃO
A nutrição dos fungos é
heterotrófica; logo, esses organismos não possuem clorofila. Mas, ao contrário
dos animais, que se alimentam por ingestão, os fungos são heterótrofos por
absorção. Possuem digestão extracelular
e extracorpórea, isto é, eles
eliminam no ambiente enzimas que digerem o alimento disponível; somente depois
disso os produtos da digestão são absorvidos pelo organismo.
O material de reserva dos fungos
geralmente é o GLICOGÊNIO, tal como
ocorre entre os animais em geral.
FUNGOS
DECOMPOSITORES
Os fungos saprófagos, juntamente com as bactérias, são os
principais decompositores da biosfera. Geralmente vivem no solo, obtendo
nutrientes de seres mortos. Os fungos decompositores também são responsáveis
pelo apodrecimento de alimentos e outros materiais
FUNGOS
PARASITAS
São os fungos que vivem às custas de outros organismos,
prejudicando-os e ocasionalmente provocando até sua morte. Várias doenças são
causadas por fungos parasitas, inclusive as micoses que atacam os seres
humanos.
FUNGOS
MUTUALÍSTICOS
São os fungos que se associam a outros organismos,
estabelecendo uma relação em que há benefício mútuo para os indivíduos
envolvidos. A maioria vive associada a
seres fotossintetizantes, como plantas, cedendo-lhes parte da água e dos
nutrientes que as hifas absorvem do solo. Falaremos mais sobre esse tipo de
relação mais no fim desse post.
FUNGOS
PREDADORES
As hifas desses fungos, na maioria dos casos, secretam
substâncias aderentes que aprisionam os organismos que tocam os fungos. Dessa
maneira, as hifas penetram o corpo da presa, crescem e se ramificam,
espalhando-se no interior do organismo e absorvendo seus nutrientes,
causando-lhe a morte.
REPRODUÇÃO
Reproduzem-se sexuada ou
assexuadamente; é comum a reprodução por meio de esporos.
A REPRODUÇÃO ASSEXUADA ocorre através da mitose, como é o caso do
fungo penicillium, uma espécie
terrestre, através de células chamadas de conidiósporos, que são jogadas no
ambiente, cada uma dessas células poderá gerar um novo ser, dependendo de o
local onde caírem, como por exemplo, em um pão ou em uma fruta.
A reprodução assexuada nos fungos
pode ocorrer de três maneiras, por fragmentação, brotamento e esporulação.
A FRAGMENTAÇÃO é um tipo de reprodução assexuada muito
simples que ocorre em certas espécies de fungos. Nesse tipo de reprodução, o
micélio (conjunto de hifas) se quebra, graças a fatores bióticos ou abióticos,
dando origem a clones.
O BROTAMENTO, também chamado de GEMULAÇÃO,
é outro tipo de reprodução assexuada que ocorre em fungos, como o Saccharomyces cerevisae. No brotamento, o fungo adulto emite brotos ou
gemas laterais que se desenvolvem e podem ou não se separar da célula original.
A ESPORULAÇÃO é um tipo de reprodução assexuada realizada
por diversas espécies de fungos, como o Rhizopus. Na esporulação, os fungos possuem estruturas
chamadas de esporangióforos, que nada mais são do que hifas especiais que saem
de determinados pontos do micélio. Na extremidade de cada esporangióforo,
encontramos o local onde são produzidos os esporos, que é chamado de esporângio.
Quando os esporos estão maduros, o esporângio adquire coloração escura e
se quebra, liberando os esporos no ambiente. Os esporos são células haploides
de paredes resistentes que, por serem muito leves, são disseminados pelo
ambiente através do vento, água, animais, homem etc. Quando esse esporo
encontra um local com condições ambientais favoráveis, ele se desenvolve,
originando um novo micélio.
A REPRODUÇÃO SEXUADA ocorre, por
exemplo, com o champignon. É um cogumelo que produz esporângios com formato de
raquete de tênis, que se chamam basídios. Dentro de cada basídio ocorre uma
meiose, originando quatro células, chamadas de basidiósporos, são liberados no
ambiente através de brotamento. Os basidiósporos irão se desenvolver em local
apropriado.
Fungos
mais complexos fazem reprodução sexuada, que é dividida em fases. As hifas são
monocarioticas e haploides, quando iniciam o processo reprodutivo se unem
formando hifas dicarióticas com os núcleos organizados em pares, essa etapa se
chama PLASMOGAMIA.
Depois acontece a CARIOGAMIA na
qual os pares de núcleos se fundem e formam núcleos diploides, os zigotos, logo
em seguida se dividem por meiose originando esporos, que germinam e originam o
micélio, completando o ciclo. Esses esporos são chamados "esporos
sexuais" para diferenciar daqueles formados assexuadamente.
Recomendamos
que você assista ao seguinte vídeo para maior compreensão do processo (que, em
nossa opinião, é mais claro quando é possível visualizá-lo): < https://www.youtube.com/watch?v=REkA94jTSQA
>.
CLASSIFICAÇÃO
Durante muito tempo, os fungos foram classificados como
plantas, pois acreditava-se que, de alguma forma, eles faziam fotossíntese. Foi
só em 1960 que eles passaram a ser classificados em um reino à parte, chamado
Fungi, isso porque foi observado que, diferente das plantas, eles não
apresentam clorofila, sua reserva é o glicogênio e sua parede celular é
composta de quitina (assim como os animais). Dentro da classificação do reino,
há quatro filos, os quais serão especificados aqui.
Zigomicetos
Vivem no solo,
formam esporos flagelados e menos frequentemente ocorre a reprodução sexuada
sem formação dos corpos de frutificação. Nesse grupo, encontram-se os fungos
que se associam com as raízes formando as micorrizas, envolvidas na produção do
molho shoyu, hormônios anticoncepcionais e medicamentos anti-inflamatórios.
Quitridiomicetos
Esses fungos vivem
principalmente em ambientes de água doce ou salgada. São conmopolitas, ou seja,
existem em diversas regiões do planeta. Podem ser parasitas ou saprófagos. Uma
característica importante desse grupo é a presença de células dotadas de
flagelo em uma fase da vida.
FUNGOS COM CORPO DE FRUTIFICAÇÃO
Formam o asco,
estrutura produtora de esporos. O principal modo de reprodução dos ascomicetos
é o assexuado, sendo por brotamento nos seres unicelulares e por esporulação
nos pluricelulares, que na extremidade das hifas formam-se os conidióforos,
estruturas que formam esporos denominados conídios. Nesse grupo, encontram-se
as leveduras, os fungos que produzem a penicilina, alguns desses associam-se às
algas formando os líquens, alguns atacam cereais como Claviceps purpúrea e a
ingestão do mesmo causa ergotismo, provocando alucinações, convulsões, espasmos
nervosos e até a morte.
Basidiomicetos
São os mais conhecidos como os cogumelos e orelhas-de-pau, alguns são comestíveis, entretanto outros contêm substâncias alucinógenas, outros atacam vegetais causando a doença denominada ferrugem. Embora possam se reproduzir assexuadamente, a reprodução sexuada é a mais frequente, onde duas hifas diploides fundem-se e formam hifas dicarióticas que crescem e formam o corpo frutífero (chapéu), chamado basidiocarpo. Na parte inferior dessa estrutura, as hifas fundem-se formando núcleos
ASSOCIAÇÃO
MUTUALÍSTICA
Uma característica importante de alguns fungos é a capacidade
de viver associados mutualisticamente a outros organismos. Dois exemplos são de
grande relevância: os líquens e as micorrizas.
LÍQUENS
Os líquens são associações entre fungos e microrganismos
autótrofos fotossintetizantes em que ambas as espécies envolvidas obtêm
vantagens, principalmente nutricionais. Os fungos que constituem os líquens são
representantes dos ascomicetos ou dos basidiomicetos. Na maioria das vezes, os
seres autótrofos são clorofíceos (algas verdes). O corpo do líquen recebe o
nome de TALO. Geralmente, eles se
encontram em locais com condições ambientais desfavoráveis à existência de
vida, o que os caracteriza como organismos pioneiros.
MICORRIZAS
Micorrizas são associações entre fungos e raízes de plantas.
A planta fornece ao fungo compostos orgânicos fotossintetizados, enquanto o
fungo, por meio da decomposição de matéria orgânica do solo, fornece à planta
nutrientes minerais, como sais de nitrogênio e de fósforo. Essa associação
também é de interesse econômico, já que reduz a necessidade de fertilizantes
ricos em fósforo, aumentando a produtividade.
IMPORTÂNCIA
·
Atuam
como organismos compositores ou saprófitos, reciclando a matéria na natureza, o
que é fundamental para a manutenção de vida na Terra.
·
Metarhizium anisopliae é usado em controle biológico no
combate de seres nocivos às plantações, como certos besouros e cigarrinhas
·
Antibióticos
·
Alimentação
CURIOSIDADES
ANTIBIÓTICOS
O médico inglês ALEXANDER FLEMMING pesquisava maneiras
de tratar as infecções bacterianas no período da Primeira Guerra Mundial
(1914-1918), visto que muitas pessoas morriam em decorrência das feridas que
infeccionavam. Sua descoberta, porém, veio apenas em 1928 e de maneira
inusitada.
Dr. Fleming tirou férias no mês de agosto de 1928. Antes de viajar, ele
acabou esquecendo placas de cultura de estafilococos na mesa. Normalmente as
placas eram guardadas em geladeira. Depois das férias, quando voltou ao
trabalho, no mês de setembro, ele percebeu que essas placas estavam com mofos.
Separou-as para fazer a limpeza com lisol. Ele percebeu, então, que em uma
dessas placas havia um halo transparente em torno de um mofo. Logo ele percebeu
que o fungo estava produzindo uma substância bactericida. O fungo (mofo) da
placa era o PENICILLIUM (por isso o
nome da substância antibiótica foi penicilina). O cientista passou então a
reproduzir o fungo em laboratório e explorar o conteúdo das bactérias e seus
reagentes naturais.
Em 1940 doutores da Universidade de
Oxford retomaram as pesquisas de Fleming. A partir de então, começaram a
reproduzir a penicilina em escala industrial para uso medicinal.
FUNGOS
NA ALIMENTAÇÃO
Existem algumas espécies de fungos
pluricelulares, como os champignons (Agaricus
bisporus), que são utilizados como alimento.
Na fabricação do álcool etílico e
das bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja, é fundamental a participação
dos fungos do gênero Saccharomyces,
que realizam fermentação alcoólica, convertendo açúcar em álcool etílico. Esses
fungos, conhecidos também como leveduras, são anaeróbicos facultativos, já que
realizam respiração aeróbica em presença de gás oxigênio e fermentação na
ausência desse gás.
Alguns
fungos são utilizados na indústria de laticínios, como é o caso do Penicillium camemberti e do Penicillium roqueforte, empregados na
fabricação dos queijos Camembert e Roquefort, respectivamente.
Algumas
espécies de fungos são utilizadas diretamente como alimento pelo homem. É o
caso da Morchella e da espécie Agaricus brunnescens, o popular
cogumelo ou champignon, uma das mais amplamente cultivadas no mundo.
Esperamos que todos tenham compreendido! Até o próximo
post!
REFERÊNCIAS
BIBLIOGRÁFICAS
CASTRO OSORIO, Tereza.
Biologia 2. 2ª Edição. São Paulo: Edições SM, 2013
PAULINO, Wilson Roberto.
Biologia, volume único. 10ª Edição. São Paulo: Editora Ática S.A., 2009.
MIRANDA,
Juliana. A origem dos antibióticos. Disponível em < http://www.sitedecuriosidades.com/curiosidade/a-origem-dos-antibioticos.html>
. Acesso em 20 de março de 2017.
BLOG SÓ BIOLOGIA. Fungos.
Disponível em <http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/biofungos2.php>.
Acesso em 20 de março de 2017
NEVES, Roberta das.
Fungos. Disponível em: < http://educacao.globo.com/biologia/assunto/microbiologia/fungos.html
>. Acesso em 15 de abril de 2017.
NOVAES, Carolina.
Anotações feitas na aula do professor Paim. 30 de março a 6 de abril de 2017.
BLOG SÓ BIOLOGIA. Fungos.
Disponível em < http://www.sobiologia.com.br/conteudos/Reinos/biofungos.php
>. Acesso em 15 de abril de 2017.
RESUMO ESCOLAR. Reino
Fungi. Disponível em < https://www.resumoescolar.com.br/biologia/reino-fungi-caracteristicas-classificacao-nutricao-reproducao-e-liquens/
>. Acesso em 15 de abril de 2017.
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