Integrantes: Carolina Novaes (60136),
Júlia Lautert (48076), Nathália Pereira (51051) e Carolina Machado (65260)
Turma 202
REINO
PROTOCTISTA
Bem-vindos
a mais um post do Blog Cientista! Hoje vamos aprender um pouco mais sobre os
protoctistas.
Esse
grupo, por conter seres muito diversos, é considerado polifilético - ou seja,
os protoctistas não possuem um ancestral comum. Ele reúne organismos como
protozoários e algas, com diferentes formas de locomoção, reprodução e
nutrição. Ao longo desse post, você vai conhecer as principais características
desses seres e a importância que eles têm.
PROTOZOÁRIOS
Do grego protos, “primeiro”, e zoon,
“animal”, os protozoários são seres unicelulares, com células eucarióticas e
estrutura bastante variada.
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MORFOLOGIA
As células dos protozoários não
possuem parede celular e podem apresentar diversos formatos.
Em condições desfavoráveis, algumas
espécies patogênicas produzem cistos, forma em que o protozoário pode
permanecer latente por longos períodos. Quando as condições voltam a ser
favoráveis, o protozoário volta à sua forma ativa, chamada trofozoíto.
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LOCOMOÇÃO
Para locomover-se, os protozoários
utilizam uma ou mais das seguintes estruturas especializadas:
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Pseudópodes = expansões temporárias do
citoplasma que ajudam na locomoção e também na captura de alimentos.
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Flagelos = filamentosos e longos, provocam
movimentos ondulatórios que permitem à célula deslocar-se.
§
Cílios = têm a mesma estrutura dos
flagelos, porém são menores e presentes em maior número, movimentando-se em
conjunto e criando um turbilhonamento que favorece a locomoção e a captura de
alimentos.
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OBTENÇÃO DE MATÉRIA E ENERGIA
A maioria dos protozoários é
heterótrofa, isto é, retiram matéria orgânica do meio ambiente. Poucas espécies
autótrofas realizam fotossíntese, e há ainda protozoários mixotróficos (são
capazes de se alimentar utilizando mais de uma dessas formas). Eles podem ser aeróbios,
vivendo na presença de oxigênio, ou anaeróbios, vivendo em locais com pouco ou
nenhum gás oxigênio.
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REPRODUÇÃO
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CLASSIFICAÇÃO
Os
avanços científicos estão sempre a fornecer novas informações sobre o
parentesco evolutivo entre os protozoários, gerando a necessidade de rever sua
classificação. Porém, ainda não há um consenso a respeito dos grupos
monofiléticos a serem formados, portanto a classificação que vamos mostrar aqui
considera principalmente a presença e a forma das estruturas de locomoção.
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Os
rizópodos ou sarcodinos
locomovem-se através de pseudópodes. A maioria é de vida livre e vive em
ambiente aquático, mas há espécies parasitas. De modo geral, reproduzem-se por
cissiparidade ou singamia.
§
Os
flagelados
caracterizam-se por apresentar um ou mais flagelos, utilizados na locomoção. A
maioria é de vida livre, vivendo em água doce, salgada ou em solos úmidos. Há
algumas espécies parasitas. De modo geral, reproduzem-se por cissiparidade ou
singamia.
§
Os
ciliados
caracterizam-se pela presença de cílios na superfície celular e pela ocorrência
de conjugação antes da reprodução por cissiparidade. A maioria é de vida livre
e de água doce.
§
Os
foraminíferos
secretam uma carapaça com inúmeros poros, através dos quais passam os
pseudópodes. Caracterizam-se também pela alternância de gerações sexuada e
assexuada. São exclusivamente marinhos e a maioria é de vida livre.
§
Os
apicomplexos são os protozoários que não apresentam
estruturas de locomoção. São todos endoparasitas obrigatórios, de plantas e
animais, incluindo o ser humano. Muitos têm um ciclo de vida complexo, com
alternância de reprodução sexuada (por singamia) e assexuada (por
esquizogonia).
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PROTOZOÁRIOS E DOENÇAS
Aqui mostramos uma tabela resumindo
as principais informações sobre as doenças causadas por protozoários:
Uma dessas doenças, a malária, é a
doença infecciosa que mais provoca mortes no mundo (segundo estimativas da
Organização Mundial da Saúde, ocorrem por ano 400 milhões de novos casos que resultam
em 2 milhões de mortes, sendo endêmica em cerca de 200 países). Por isso,
faremos uma discussão um pouco (apenas um pouco, não fique assustado) mais
aprofundada sobre ela e seu ciclo.
A Malária é uma parasitose de
endemia tropical, causada por protozoários do gênero Plasmodium (que são classificados como esporozoários) os quais são
transmitidos por um Vetor, a fêmea do mosquito-prego do gênero Anopheles. A doença é característica de
regiões quentes, úmidas e com florestas, por exemplo na Amazônia no Brasil,
pois o vetor é um mosquito típico dessas regiões.
O Mapa da OMS, Organização Mundial
da Saúde, a seguir mostra a área de incidência da Malária no Mundo:
Quando um Anopheles fêmea pica um ser humano e suga seu sangue, os plasmódios
existentes em suas glândulas salivares, os chamados esporozoítos, caem na
corrente sanguínea. Chegando no fígado, alojam-se nas unidades funcionais deste
– as células chamadas Hepatócitos – e reproduzem-se assexuadamente por alguns
dias, formando os Merozoítos. Nessa fase a doença é assintomática, mas quando
os parasitas abandonam as células hepáticas caem na corrente sanguínea e infectam
as Hemácias.
Nos glóbulos vermelhos, os
merozoítos se reproduzem novamente assexuadamente – e por isso o Homem é seu
hospedeiro Intermediário – rompem as hemácias e cem no sangue novamente
infectando outras células, num ciclo regular. A ruptura das hemácias e a
consequente liberação de toxinas no plasma produz intenso mal estar e febre
alta.
O Ciclo do Plasmodium se completa
quando o sangue da pessoa é sugado por um mosquito-prego não infectado, que
suga os gametas do protozoário que se unem no tubo digestório do mosquito –
reprodução sexuada e por isso ele é o hospedeiro definitivo. No seu estômago
ainda acontece uma reprodução assexuada e os parasitas resultantes, os
esporozoítos migram para as glândulas salivares do inseto de onde irão para a
corrente sanguínea do próximo indivíduo picado.
Para ser melhor compreendido esse
ciclo, observe esse esquema:
A Profilaxia consiste na eliminação
do vetor, o mosquito, por inseticidas ou eliminar seus focos de reprodução como
pneus e vasos com água acumulada. Deve-se ainda evitar o contato com o inseto,
através do uso de telas (mosquiteiros) em cabanas, na janelas e cama.
ALGAS
A diversidade das algas é enorme. A
maioria das espécies é marinha, mas há algas de água doce e até terrestres, em
solos úmidos. Em geral, são autótrofas fotossintetizantes, mas também existem
algas heterótrofas. Há espécies unicelulares, como as que vivem nas águas
superficiais e são transportadas pela correnteza, e outras que possuem flagelos
e se locomovem. Há também espécies multicelulares, que apresentam uma estrutura
simples, um conjunto de células praticamente iguais entre si, chamado talo. As
células da maioria das algas são revestidas por paredes resistentes, e todas
apresentam ao menos cloroplasto, que pode variar em forma, composição, tamanho
e conjunto de pigmentos fotossensíveis presentes.
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CLASSIFICAÇÃO DAS ALGAS
A classificação das algas, assim
como ocorre com os protozoários, ainda é objeto de controvérsia, e é provável
que a atual classificação seja revista em breve. A divisão apresentada a seguir
leva em conta o conjunto de pigmentos e no tipo de substância presente nas
células.
Euglenoides = são algas unicelulares, que contêm as
clorofilas a e b em seus cloroplastos e, como substância de reserva, o paramilo,
um carboidrato. Geralmente de água doce, possuem flagelos e são autótrofas. Se
não houver luz solar no ambiente, podem se alimentar de modo heterotrófico. Na
imagem, alga Euglena spirogyra.
Dinofíceas = são unicelulares e contêm as clorofilas a e c,
além de outros pigmentos, como a peridinina, que lhes dá a coloração
amarelo-parda ou avermelhada. As substâncias de reserva são amido e óleos.
Embora sejam capazes de realizar fotossíntese, cerca de metade das espécies é
heterótrofa. Em geral marinhas, apresentam flagelos cujo batimento faz a célula
rodopiar. Por isso, também são conhecidas como dinoflagelados (do grego dinos, “pião”). Na foto, alga Noctiluca.
Crisofíceas = nas células dessas algas estão
presentes as clorofilas a e c, além de pigmentos como a fucoxantina,
de coloração marrom, cuja combinação com outros pigmentos dá uma tonalidade
dourada às crisofíceas (do grego khrysos,
“ouro”). Algumas espécies não apresentam parede celular, e quando está
presente, é composta por sílica. As substâncias de reserva são óleos, e são
encontradas tanto em água doce como em água salgada. Na imagem, alga Dinobryon divergens.
Bacilariofíceas = essas algas têm muitas
características em comum com as crisofíceas, mas a parede celular, composta por
sílica, está presente em todas as espécies. Na foto, carapaças de algas
diatomáceas.
Clorofíceas = suas células têm parede de celulose e
apresentam as clorofilas a e b, e o amido é a substância de reserva. Estão
presentes em todos os ambientes aquáticos e também nos terrestres úmidos. Há
espécies unicelulares, que podem viver isoladas ou formar colônias, e
multicelulares - como a Ulva, na
imagem a seguir.
Rodofíceas = suas células contêm as
clorofilas a e d, e, entre outros pigmentos, a ficoeritrina, responsável pela cor
avermelhada, além do amido como substância de reserva. A maioria é
multicelular. Na foto, alga Dichotomaria
marginata.
Feofíceas = suas células apresentam as clorofilas a e c, além de um
pigmento carotenoide pardo, a fucoxantina, responsável pela coloração dessas
algas, que varia desde o amarelo-amarronzado até tons bem escuros e fortes. As
substâncias de reserva são diversos tipos de óleos. São marinhas e
multicelulares. Na imagem, alga Sargassum.
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REPRODUÇÃO
A
seguir, apresentamos esquemas que explicam como ocorre a reprodução sexuada e
assexuada.
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Reprodução assexuada - cissiparidade
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Reprodução assexuada - zoosporia
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Reprodução sexuada
Aqui vai um esquema
resumindo tudo que aprendemos até aqui, para você arrasar na AE de biologia!
Esperamos que todos tenham compreendido! Até o próximo post do Blog Cientista!
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CASTRO
OSORIO, Tereza. Biologia 2. 2ª Edição. São Paulo: Edições SM, 2013
PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, volume
único. 10ª Edição. São Paulo: Editora Ática S.A., 2009
BLOG ABC DA
MEDICINA. Malária — ciclo de contaminação, profilaxia, sintomas e tratamento.
Disponível em < http://www.abcdamedicina.com.br/malaria-ciclo-de-contaminacao-profilaxia-sintomas-e-tratamento.html
>. Acesso em: 16 de abril de 2017.