sexta-feira, 16 de junho de 2017

Filo Porífera

INTEGRANTES: CAROLINA NOVAES (60136), CAROLINA MACHADO (65260), JULIA LAUTERT (48076) e NATHÁLIA PEREIRA (51051)

Olá, caros leitores! Bem-vindos a mais um post do Blog Cientista! Hoje vamos aprender sobre as esponjas, também chamadas de poríferos!

PORÍFEROS
       Em áreas oceânicas próximas à costa existem ambientes denominados recifes de corais, onde estão presentes as esponjas, que pertencem ao filo Porífera. As esponjas são animais multicelulares inferiores, incapazes de movimento, de aspecto semelhante ao de várias plantas. Todas as espécies desse filo são fixas a rochas, conchas ou a outros objetos sólidos. O nome Porífera refere-se à estrutura porosa do corpo. A esponja comercial, usada no banho e para outras finalidades, é o esqueleto flexível de uma esponja marinha com todas as partes vivas retiradas.

ESTRUTURA CORPORAL

Os poríferos não apresentam folhetos embrionários verdadeiros durante o desenvolvimento e não desenvolvem tecidos diferenciados.

Todas as esponjas têm uma cavidade interna, denominada átrio ou espongiocelo, que se comunica com o ambiente externo por uma abertura denominada ósculo, localizada na parte superior do corpo da esponja. Além disso, em sua parede corporal há diversos poros.

Apesar da grande variedade de formas, a estrutura corporal da esponja pode ser resumida ek três tipos básicos. Cada espécie desenvolve um tipo característico:

·         Tipo asconoide: a esponja assemelha-se a um vaso. Os poros atravessam a parede e atingem o átrio. (À esquerda).
·         Siconoide: a parede corporal dobra-se sobre si mesma; cada dobra delimita uma pequena câmara na parede. (No meio).
·         Leuconoide: há um padrão de dobras mais complexo, com inúmeras interligadas por canais. (À direita).


As esponjas apresentam diversos tipos de células:
·         Porócitos: células de formato cilíndrico. Cada célula tem um orifício que a atravessa no sentido longitudinal (isto é, do maior comprimento), formando um canal para o interior do corpo da esponja.
·         Amebócitos: células totipotentes, ou seja, capazes de se diferenciar em todos os outros tipos células presentes nas esponjas. São importantes no crescimento corporal, na digestão, no transporte de nutrientes, na secreção de elementos esqueléticos e na reprodução.
·         Pinacócitos: células achatadas que compõem uma camada que reveste externamente o corpo das esponjas (a epiderme). Essas células também revestem os canais presentes nas esponjas siconoides e leuconoides.
·         Coanócitos: células dotadas de flagelos. É a ação dos flagelos que mantém o fluxo de água no interior do corpo da esponja.

(Representação esquemática de uma esponja asconoide. As espículas não são células)
Entre as camadas de pinacócito e coanócito, encontra-se o mesoílo ou mesênquima, uma camada de espessura variável, composta de substância amorfa (sem forma definida), na qual estão imersas fibras de colágeno (uma proteína), vários tipos celulares e, eventualmente, espículas.

SUSTENTAÇÃO CORPORAL

As esponjas têm espículas minerais e filamentos de proteínas fibrosas que auxiliam na sustentação do corpo; o conjunto de espículas forma um esqueleto mineral; o colágeno forma uma rede no mesoílo denominada espongina (imagem abaixo).


CIRCULAÇÃO DE ÁGUA

Uma esponja asconoide será usada como exemplo para simplificar o estudo.
Os poríferos são caracterizados pela presença de inúmeros poros na parede corporal, por onde a água do meio circundante penetra no corpo do animal. O movimento da água é provocado pelo batimento dos flagelos dos coanócitos. A água presente no interior átrio é impelida para fora do corpo da esponja, passando pelo ósculo. O fluxo de água pode ser esquematizado assim:
Poro -> átrio -> ósculo

NUTRIÇÃO, EXCREÇÃO E TROCAS GASOSAS

A água que circula no interior do corpo das esponjas traz partículas nutritivas – detritos orgânicos, algas microscópicas, protozoários, bactérias – das quais se alimentam por filtração. À medida que a água circula, os coanócitos fagocitam as partículas nutritivas, portanto, sua digestão é intracelular. A eliminação do material não digerido é lançado no átrio, acompanhando o fluxo de água que sai pelo ósculo.  A excreção e as trocas gasosas são realizadas por simples difusão.


ECOLOGIA DAS ESPONJAS

Muitas esponjas vivem em associação com algas ou com cianobactérias, que se alojam no mesoílo. Essa associação é do tipo mutualismo, pois é benéfica a ambos os organismos. Experimentos mostram que poríferos em associação com as algas crescem mais rapidamente e atingem tamanho maior quando expostas à luz, em comparação com indivíduos semelhantes que foram mantidos no escuro.


REPRODUÇÃO

·         ASSEXUADA: a grande capacidade de regeneração das esponjas permite que, quando fragmentadas por acidente ou propositalmente partidas por criadores, novos indivíduos sejam originados a partir daí. Essa reprodução pode ser por produção de gêmulas, que consistem em agregados celulares com grande quantidade de reservas nutritivas e envoltos em camadas de espongina. Formam-se em condições desfavoráveis e quando o ambiente volta a ser favorável, se diferenciam nas características do grupo, dando origem a um novo animal. A reprodução assexuada também se dá por brotamento: brotos são expansões mais ou menos alongadas que se projetam a partir da superfície corporal da esponja adulta. Eles se destacam da esponja-mãe e são carregados pela correnteza até se fixarem em um substrato, no qual se desenvolverão.

·         SEXUADA: a maioria das esponjas é hermafrodita, isto é, um mesmo indivíduo produz espermatozoides e óvulos, porém não ocorre autofecundação, pois a produção desses gametas ocorre em épocas diferentes. Portanto, o hermafroditismo não é simultâneo. Espermatozoides se formam de coanócitos, enquanto óvulos podem se originar tanto de coanócitos quanto de um tipo específico de amebócito. Os gametas maduros são liberados para o ambiente e a fecundação ocorre na água. Em algumas espécies, os gametas masculinos penetram pelos poros de indivíduos que apresentam óvulos; nesse caso, a fecundação é interna e ocorre no mesoílo. Nos dois tipos de fecundação, o zigoto se desenvolve em uma larva livre-natante. Após o período de vida livre, a larva se fixa a um substrato e se desenvolve.


(Esquema do ciclo de vida de uma esponja com fecundação interna)




Esperamos que todos tenham compreendido! Até o próximo post!


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Porífers ou esponges. Disponível em:<http://www.lasalle.cat/lasallehorta/naturals/invertebrats_no_artropodes/porifers_o_esponges.htm>. Acesso em 18 de junho de 2017.

DINIZ BARROS, Helenilde. Filo Porífera. Disponível em: < http://helen-profbio.blogspot.com.br/2012_08_08_archive.html>. Acesso em 18 de junho de 2017.

COSTA OSORIO, Tereza. Biologia 2. 2ª Edição. São Paulo: Edições SM, 2013

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