segunda-feira, 17 de julho de 2017

Filo Annelida

Turma 202


ANELÍDEOS


Hoje vamos falar sobre mais um filo muito importante do Reino Metazoa: o filo dos anelídeos, que inclui os vermes de corpo segmentado, com mais de 16 mil espécies descritas. Esperamos que todos gostem muito do post e aprendam muito com ele!

            Os anelídeos são seres pertencentes ao filo Annelida. O nome do filo como já visto vem do latim annelus, que significa anelzinho mais o sufixo ida (semelhante).  Esses animais são os primeiros de toda a escala evolutiva a apresentar o corpo segmentado. Cada segmento é chamado de METÂMERO que são divididos por SEPTOS. Os exemplos mais conhecidos dos anelídeos são as MINHOCAS e as SANGUESSUGAS.

HABITAT
Os anelídeos, de acordo com a espécie, são encontrados em ambientes marinhos, de água doce e terrestres, parasitas e predadores. Algumas espécies são dulcícolas, ou seja, habitam ambientes de água doce.
CARACTERÍSTICAS GERAIS
            Vamos ver agora algumas das características importantes sobre o funcionamento corporal dos anelídeos, o que é sempre importante de ser observado, já que, a cada filo novo do Reino Metazoa que estudamos, mais apomorfias surgem e podemos perceber a evolução desde o primeiro filo que estudamos desse reino, o dos poríferos.
            É importante citar, primeiramente, as principais NOVIDADES EVOLUTIVAS: celomados, sistema circulatório fechado, tubo digestivo completo, sistema nervoso ganglionar

Sistema Digestório: constituído por boca, faringe, papo, moela, intestino e ânus

Sistema Respiratório: Nos terrestres, respiração cutânea (através da pele); e nos aquáticos, respiração branquial (através de brânquias).

→ Sistema Nervoso: é formado por um par de gânglios cerebrais semelhantes a um cérebro que se localiza acima e a frente da faringe (anterior e dorsal), um anel de cordões nervosos ao redor da faringe, conecta-se a gânglios ventrais em cada segmento.


→ Sistema Circulatório:  fechado, formado por vasos sanguíneos interligados, composto por um vaso sanguíneo dorsal e outro ventral, os cinco pares anteriores e o vaso dorsal são musculosos e bombeiam o sangue para todo o corpo.

Sistema Excretor: formado por metanefrídeos; 
           
→ Sistema Reprodutor: nos organismos dióicos, ocorre por processos sexuados; e nos monóicos (hermafroditas), por fecundação cruzada (troca de espermatozóides entre dois anelídeos), porém não há ocorrência de autofecundação.



ORGANIZAÇÃO CORPORAL

            A primeira coisa que devemos citar sobre a estrutura corporal dos anelídeos é que todo o corpo ALONGADO e CILÍNDRICO deles é dividido em anéis ou METÂMEROS. Essa segmentação em unidades funcionais é muito importante para esses animais, já que cada uma das unidades pode ser regulada mais ou menos independentemente.  Assim, a evolução da segmentação, como a evolução da MULTICELULARIDADE e da COLONIALIDADE proveu uma rede de especialização. Em animais coloniais (cnidários por ex.), tal especialização é aparente no polimorfismo dos zoóides, enquanto nos animais segmentados ela resulta em uma especialização regional dos segmentos do corpo.
            Além disso, os anelídeos apresentam SIMETRIA BILATERAL. Em sua parede corporal, há musculatura, responsável pela movimentação do animal.
Os anelídeos apresentam como cavidade corporal um celoma verdadeiro do tipo ESQUIZOCELOMA, que é uma cavidade corporal preenchida pelo fluido celômico. Este fluído facilita o transporte interno de substâncias nutritivas e células. Além disso, a presença de um celoma verdadeiro confere vantagens funcionais aos animais que o possui, por ex., a separação entre o sistema digestório e a parede corporal permite que o animal se movimente mais eficientemente, no sentido de que ele pode se mover sem interferir com os eventos que ocorrem no tubo digestivo. O surgimento do celoma (esquizoceloma) também permitiu o desenvolvimento de vários órgãos que necessitam de espaço, como as gônadas e órgãos excretores, que se localizam no interior do celoma.


Vejamos agora algumas imagens da organização corporal dos anelídeos (já observando também as partes dos órgãos pertencentes aos sistemas descritos na sessão anterior).




CLASSIFICAÇÃO

            Atualmente, os anelídeos estão reunidos em duas classes, a classe dos poliquetos e a dos clitelados, esta última composta de duas subclasses: dos oligoquetos e dos hirundíneos.


CLASSE DOS POLIQUETOS (poly = várias; chaeta = cerdas)
São anelídeos portadores de inúmeras cerdas inseridas em projeções laterais ao corpo, formando estruturas denominadas parapódios, que auxiliam na locomoção. Esses animais são desprovidos de clitelo. A maioria das espécies deste grupo se reproduz sexuadamente, possuindo fertilização externa que resulta na formação de larvas livre nadantes. Em geral, poliquetas são animais cavadores que apresentam uma musculatura circular bem desenvolvida e septos completos, onde o fluido celomático (que funciona como esqueleto hidrostático) é restringido a cada segmento. A escavação se dá por peristalse.


CLASSE DOS CLITELADOS
·         Subclasse dos oliquetos (oligo = pouco; chaeta = cerdas)
É uma classe dos Annelida que possui o corpo constituído de segmentos semelhantes que lembram anéis. Possuem uma região epidérmica espaçada, o clitelo, sendo responsável pela síntese de um casulo que abrigará os ovos fecundados durante a reprodução.  Habitam o solo e habitats aquáticos.

·     ·         Subclasse dos hirundíneos
Anelídeos sem cerdas e com ventosas bucais e na região posterior do corpo. São hermafroditas, com fecundação cruzada e desenvolvimento direto. Antigamente eram chamados Aquetas (ACHAETAS), ou seja, sem cerdas,  se alimenta de geralmente do sangue de outros animais, embora muitas sanguessugas sejam predadoras carnívoras e não hematófagas.



IMPORTÂNCIA DOS ANELÍDEOS
As fezes da minhoca são ricas em restos alimentares que sofrem a ação de bactérias decompositoras, fertilizando assim o solo. O húmus (matéria orgânica em decomposição) é rico em nitrogênio (N), fósforo (P) e potássio (K), que são macro-nutrientes necessários às plantas em geral, dentre outros componentes.
Além disto, ao escavar o solo, as minhocas formam túneis, favorecendo a aeração das raízes das plantas e a penetração das águas das chuvas.
Em séculos passados, elas eram utilizadas amplamente na medicina, para extrair o sangue das pessoas e tratar de problemas circulatórios. O paciente melhorava e não sentia nenhuma dor com este processo, pois a sanguessuga libera uma substância anestésica e anticoagulante, a hirudina. Porém, tal processo ainda é utilizado, atualmente.


UM RESUMO DESSE CONTEÚDO
      Vejamos algumas características gerais e básicas dos anelídeos, para resumir tudo o que falamos nesse post (e para servir de ajuda se você não tem a melhor das memórias!):
·         Simetria bilateral;
·         Triblásticos;
·         Celomados;
·         Metameria;
·         Sistema nervoso ganglionar;


Esperamos que todos tenham gostado! Até o próximo post!


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTA OSORIO, Tereza. Biologia 2. 2ª Edição. São Paulo: Edições SM, 2013

PAULINO, Wilson Roberto. Biologia, volume único. 10ª Edição. São Paulo: Editora Ática S.A., 2009.

PAIM, Antonio Carlos. Filo: Annelida — Anelídeos. Disponível em: < http://segundocientista.blogspot.com.br/2015/05/filo-annelida-anelideos.html >. Acesso em 13 de julho de 2017.

BLOG BANANA COM GEMADA, alunos Camila Esther, Ana Jaeger e Mallet. Anelídeos. Disponível em: < http://bananacomgemada.blogspot.com.br/2016/07/anelideos.html >. Acesso em 14 de julho de 2017.

DA FONSECA RIBEIRO, Krukemberghe Divino Kirk. Anelídeos. Disponível em: < http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/biologia/anelideos.htm>. Acesso em 15 de julho de 2017.

MARÇAL, Mayte. Anelídeos e Moluscos. Disponível em: < https://prezi.com/s-_lx4unwti_/anelideos-e-moluscos/>. Acesso em 15 de julho de 2017.

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